Muitas vezes, estamos num caminho entorpecidos por uma ilusão sem pensar nas conseqüências das coisas e das nossas escolhas, achando sempre que as coisas vão se realizar da maneira que a gente quer, da maneira que a gente idealizou. Quando fazemos uma escolha e caminhamos com os nossos próprios pés neste caminho , sem depender de ninguém, pode ser que consigamos percorrer mais rápido , pois só depende de nós, mas quando dividimos um caminho, temos que ter a consciência de que nem sempre as coisas serão e sairão do modo que desejamos porque numa estrada de muitas bifurcações, cada um pode achar que uma direção para se chegar ao final da estrada é a melhor. As pessoas tem o hábito de cruzar os caminhos ao invés de andar lado a lado.
Quando andamos ao lado, podemos, a qualquer momento, dobrar uma esquina e dizer ao ou aos companheiros que poderemos nos encontrar no final, aonde todos seremos vitoriosos, mas cada qual pelo seu caminho, pela sua estrada, que significa do seu jeito e da maneira que você entende melhor e está preparado para caminhar . Por um caminho que você deseja percorrer. Alguns preferem vir pelo mar olhando pro infinito da vida, outros pela terra, admirando as plantações, outros ainda preferem vir pelo ar, olhando os encantos do céu, e todos estão indo para o mesmo lugar.
O tempo de namoro ou o tempo de maturação de uma idéia para uma sociedade ou algum projeto, passa por várias fases e pode e deve ser revisado muitas vezes para que hajam os ajustes necessários a se obter um bom resultado. No casamento, geralmente os parceiros sonham com uma felicidade a dois, mas não conversam, não se conhecem, não pergunta um ao outro com a maturidade necessária de quem quer empreender um projeto de vida, o que o outro quer e espera desta união e acha que poderá conduzir as coisas, mas sempre, é certo, que da sua maneira, achando que vai superar ou suportar tudo em nome de um suposto amor ou vai mudar o outro aos poucos e as coisas não acontecem assim.
A ansiedade é uma péssima conselheira e geralmente as pessoas ansiosas não passam as suas decisões pelo crivo do bom senso e da maturação das idéias, não planejam e também não pensam em conseqüências, porque simplesmente querem a realização daquilo que idealizou e na maioria das vezes idealizam o parceiro e querem que este corresponda as suas expectativas e joga para o outro ou para os outros a responsabilidade de ter que corresponder e começa a infelicidade.
Será que o que não deu certo até agora na sua vida, foi mesmo culpa dos outros? Tudo dependia dos outros? Ou você não foi competente para administrara a sua própria vida?
Todo empreendimento a dois ou mais do que dois, requer planejamento, maturidade de idéias, saber acordar e ceder conhecerem-se as pessoas para ver se é aquilo que desejam mesmo e antes de mais nada para que haja um casamento feliz ou uma sociedade de qualquer gênero feliz, é necessário que cada um que esteja dentro desta relação, esteja antes muito bem resolvido consigo mesmo e saiba que o outro vai ser um companheiro com idéias e desejos próprios e nem sempre vai concordar com você, que vai caminhar a seu lado e não dentro de uma reta demarcada por você e pode ser que em qualquer esquina, ele queira virar e você vai seguir seu caminho porque pode se sustentar emocionalmente e se bancar em todos os sentidos. Claro que sempre vai haver uma seqüela, mas recuperável com o tempo, porque você sabe que assim as coisas caminham.
Não jogue a responsabilidade e as conseqüências dos seus anseios em cima dos outros. Se você não se sentir capaz de caminhar sozinho, pode ter certeza que você não está em condições de caminhar a dois ou em um grupo.
Não se pergunte por que o outro não faz isto ou aquilo por uma melhor relação a dois ou num grupo, mas pergunte a si mesmo, porque eu não faço alguma coisa por mim mesmo para eu ser feliz?
Se você quer ser feliz , reveja seus pontos de vista, repense sua vida e busque suas realizações de foro íntimo, aquelas que só dependem de você, que vem da sua alma e são sua missão de vida para consigo mesmo e aí sim você estará pronto a conviver bem com os outros. Pare de ver o erro no outro, você não vai mudá-lo. Se deseja aceitar uma relação de qualquer tipo, veja até onde será capaz de ceder, mas porque assim deseja e não por obrigação, sem que aquilo te constitua um peso ou te outorgue o título de heroína ou então não faça. Você pode colocar suas idéias, mas jamais impor quando a briga é em território do outro ou em território neutro. Você poderá impor sim, se estiver em seu território pessoal, se estiver bem consigo mesmo.
Analise também, nas suas relações, se você não pode ser mais educado, mais gentil, mais tolerante , mais compreensivo, sem perder sua individualidade, sem abrir mão dos seus valores, ser mais fraterno, mais social porque isto é ponto crucial da boa convivência para as coisas darem certo e não confundam sinceridade com falta de educação. Geralmente quem diz o que quer , não quer ouvir o que o outro tem a dizer, assim como o mau pagador é um excelente cobrador.
As pessoas às vezes ficam tão cegas dentro de sua falta de bom senso que não ouvem sequer o que elas mesmo dizem. Elas criticam nos outros aquilo que exatamente fazem igual e como semelhante atrai semelhante, na verdade apenas atraem para si pessoas que fazem com elas , aquilo que elas de uma forma ou de outra, até num outro contexto, fazem também com os outros, mas não enxergam.
É ou não é preciso que pensem melhor na vida ? O momento é de decisões e muito cuidado para não tomarem as decisões erradas para que não sofram depois, mas se assim desejarem, se somente com o erro se propuserem a aprender o universo dirá: Que assim seja!
Ir. Luiz
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