quarta-feira, 6 de novembro de 2013

ACREDITAR EM SI MESMO

                                                     




                                     
Sabemos que podemos contar com nossos amigos espirituais, tenham eles o nome que quisermos dar, segundo nossas crenças, mas não existe substitutivo para àquilo que é nossa  obrigação, àquilo que depende inteiramente de nos, ou seja, a nossa parte.
Muitas vezes padecemos de males que julgamos vir de energias externas, endereçadas a nós, ou seja, de nossos desafetos encarnados ou desencarnados. Sim, pode e provavelmente até, em certos casos, seja.
Aí recorremos desesperados a ajuda espiritual. Com certeza, se pedirmos ou chamarmos nossos amigos espirituais, sejam eles, os guias, os santos, os anjos, os mestres, os orixás, Jesus Cristo, enfim... Todos àqueles que estão na luz, inclusive nosso anjo guardião, eles atenderão ao nosso clamor.
Ocorre que por mais que estes irmãos interfiram a nosso favor, como poderão eles, tomar o remédio para que cessem as nossas dores, se elas são nossas.  Pelo amor que nos têm estes até tomariam de nós, as dores para si, mas de que adiantaria se à frente, vamos novamente sentir a mesma  ou outra dor ? Porque não a curamos, na verdade dentro de nós, apenas amenizamos.
De que adianta chegarmos ao médico, reclamando imensa dor, se não tomarmos o remédio recomendado e seguirmos suas orientações para cessar aquele sofrimento. Acaso o médico tomando o remédio fará algum efeito em nós?  Claro que não.
É necessária a compreensão de que precisamos trabalhar a favor de nós mesmos, assumindo a parte da responsabilidade que nos cabe pela nossa vida, aliás, a imensa responsabilidade que nos cabe pela nossa vida.  Ninguém absolutamente ninguém pode fazer por nós, àquilo que nos cabe fazer. É impossível!
Não nos deixemos confundir na vida por situações, nas quais, por fraternidade, por amor ou até por interesse ajudamos e somos ajudados com  a parte que nos cabe fazer.  Fraternidade não significa assumir responsabilidades ou outorgar a outros as nossas responsabilidades, àquelas que só a nós cabe.
Muitas vezes, numa encruzilhada, ficamos numa saia justa sem saber o que será melhor fazer, qual o melhor caminho a tomar e queremos que alguém nos  dê esta resposta.
Porém, se este caminho orientado por outro acabar não sendo o melhor, com certeza iremos culpar a quem nos ajudou, sugeriu  e atendeu  a nossa solicitação. Não seria melhor, parar, refletir para decidir?  Pedir uma resposta  via orientação do nosso Mestre Interno e seja qual for o resultado,  entendermos que tínhamos que passar por aquele caminho e que de alguma forma aprendemos alguma coisa, que aquela decisão somou-se a nossa experiência e que à frente podemos  redecidir sem culpar a ninguém, como um ser livre que somos para errar e acertar e aprender com os erros, sem permitir que isso nos pese como uma derrota?

Tudo passa. Se olharmos para trás, quanta coisa ficou no passado, quantas derrotas , mas quantas vitórias também e sempre é tempo de tomarmos atitudes  e decisões que podem fazer a grande diferença na nossa vida.
Suzana Campista

Nenhum comentário:

Postar um comentário