Sabemos que podemos contar com
nossos amigos espirituais, tenham eles o nome que quisermos dar, segundo nossas
crenças, mas não existe substitutivo para àquilo que é nossa obrigação, àquilo que depende inteiramente de
nos, ou seja, a nossa parte.
Muitas vezes padecemos de males
que julgamos vir de energias externas, endereçadas a nós, ou seja, de nossos
desafetos encarnados ou desencarnados. Sim, pode e provavelmente até, em certos
casos, seja.
Aí recorremos desesperados a ajuda
espiritual. Com certeza, se pedirmos ou chamarmos nossos amigos espirituais,
sejam eles, os guias, os santos, os anjos, os mestres, os orixás, Jesus Cristo,
enfim... Todos àqueles que estão na luz, inclusive nosso anjo guardião, eles
atenderão ao nosso clamor.
Ocorre que por mais que estes
irmãos interfiram a nosso favor, como poderão eles, tomar o remédio para que
cessem as nossas dores, se elas são nossas.
Pelo amor que nos têm estes até tomariam de nós, as dores para si, mas
de que adiantaria se à frente, vamos novamente sentir a mesma ou outra dor ? Porque não a curamos, na
verdade dentro de nós, apenas amenizamos.
De que adianta chegarmos ao
médico, reclamando imensa dor, se não tomarmos o remédio recomendado e seguirmos
suas orientações para cessar aquele sofrimento. Acaso o médico tomando o
remédio fará algum efeito em nós? Claro
que não.
É necessária a compreensão de que
precisamos trabalhar a favor de nós mesmos, assumindo a parte da
responsabilidade que nos cabe pela nossa vida, aliás, a imensa responsabilidade
que nos cabe pela nossa vida. Ninguém
absolutamente ninguém pode fazer por nós, àquilo que nos cabe fazer. É
impossível!
Não nos deixemos confundir na
vida por situações, nas quais, por fraternidade, por amor ou até por interesse
ajudamos e somos ajudados com a parte
que nos cabe fazer. Fraternidade não
significa assumir responsabilidades ou outorgar a outros as nossas responsabilidades,
àquelas que só a nós cabe.
Muitas vezes, numa encruzilhada,
ficamos numa saia justa sem saber o que será melhor fazer, qual o melhor
caminho a tomar e queremos que alguém nos
dê esta resposta.
Porém, se este caminho orientado
por outro acabar não sendo o melhor, com certeza iremos culpar a quem nos
ajudou, sugeriu e atendeu a nossa solicitação. Não seria melhor, parar,
refletir para decidir? Pedir uma
resposta via orientação do nosso Mestre
Interno e seja qual for o resultado,
entendermos que tínhamos que passar por aquele caminho e que de alguma
forma aprendemos alguma coisa, que aquela decisão somou-se a nossa experiência
e que à frente podemos redecidir sem
culpar a ninguém, como um ser livre que somos para errar e acertar e aprender
com os erros, sem permitir que isso nos pese como uma derrota?
Tudo passa. Se olharmos para
trás, quanta coisa ficou no passado, quantas derrotas , mas quantas vitórias
também e sempre é tempo de tomarmos atitudes
e decisões que podem fazer a grande diferença na nossa vida.
Suzana Campista
Nenhum comentário:
Postar um comentário