" Não é necessário usar as gemas para saber o futuro de uma pessoa. Basta perguntar-lhe sobre o seu passado: em geral ela o repetirá no futuro. Passamos a vida repetindo padrões: somos produtos genéricos com falhas na linha da montagem.
Cada pessoa, em função da sua história, desenvolve algum mecanismo fundamental de autoproteção.Ela quase nunca tem consciência desses mecanismos, ainda que passe a vida inteira repetindo-os.
Alguns tem o mecanismo de fuga: quando a situação aperta, ele é acionado e a pessoa foge. Outros pensam que querem tranquilidade, mas quando a paz se apresenta, eles lutam. Há os que sonham com um companheiro pacífico, mas são os atribulados os que que seu mecanmismo busca. Existem os que se submetem quando é hora de lutar e lutam na hora de aceitar.
Se analisarmos nossas vidas, veremos uma coerência espantosa. Os automatismos se apresentam sem nos darmos conta. Atitudes ou percepções repetidas nos fazem perder a felicidade quando ela está à vista. O ato falho frequentemente nos persegue a vida inteira, destroçando com o que mais queremos, arrebentando com os sonhos, de tal modo, que a meta nos escapa quando se anuncia no horizonte, destruída por nós mesmos.
O mecanismo é tão evidente que se faz invisível, e projetamos a culpa no mundo.
Somente na expansão da consciência podemos liberar-nos desses mecanismos falhos. Por falar nisso, você já descobriu qual é o seu? "
Francisco Boström /Cartas a Deus.
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