Não podemos falar de meio ambiente sem antes falar do maior ambiente: o
universo. Esta é a nossa grande casa. Os cientistas atualmente datam a vida do
universo em mais de 13 bilhões (13.000.000.000) de anos.
Quando da criação deste celeiro de galáxias, estrelas, planeta e outro
corpos celestes, a nossa Terra não existia. E quando nosso planeta foi criado?
Nossos cientistas dizem que a Terra se originou a 4,5 bilhões (4.500.000.000)
de anos. No meio termo, nosso sistema solar não contava com nosso planeta. De fato,
nem o Sol (nossa estrela) exista quando da concepção do universo.
Segundo a teoria atual, nosso planeta foi criado a partir de colisão e
junção de diversos asteróides que orbitavam ao redor do Sol. Conforme ocorriam
os impactos, os novos fragmentos celestes incrustavam no nascente planeta,
dando lhe massa e moldando sua forma.
Assim sendo, tudo que existe hoje no planeta, na verdade vem do universo. A
matéria-prima dos corpos e objetos presente em nossa Terra, veio do cosmo! É
claro que a matéria (bem como a energia) se transforma, todavia, o conteúdo
original é extraterrestre.
Seguindo tal linha de raciocínio, é forçoso admitir que somos filhos das
estrelas. Isso nos dá uma identificação do mais alto grau de importância. Não
somos apenas habitantes do planeta Terra, somos filhos do universo, cidadãos do
cosmo!
Apesar disso, é fato incontestável que estamos presos ao planeta e não
encontramos outros locais do sistema solar (e do universo) que sustente a nossa
biologia. Uma aparente contradição... Como podemos ser filhos das estrelas se
não existe outro lugar do universo que nos sustente da forma que somos? Fomos
relegados? Fizemos algum mal para ser aprisionados?
Na verdade, estes pensamentos são errados, não vale a pena enveredar nesse
pessimismo. A grande questão aqui, é que fomos formados de material cósmico e
temos nossa casa como o grande universo. Mas, não podemos atingi-lo sem
merecimento. É preciso trabalho e dedicação para atingir fronteiras cada vez
maiores de nosso cosmo. Nosso planeta é uma pequena esfera que orbita dentro de
um pequeno sistema estelar que orbita em torno da galáxia (via láctea), que
orbita em torno de seu centro (que possivelmente seja um buraco negro) e por aí
vai.
Para atingirmos novos patamares nos espaços interplanetários, precisamos nos
aprimorar: evoluir. Tal evolução deve ser moral e tecnológica; apreendendo mais
conhecimentos acerca das leis naturais, utilizando-as para o bem comum, não a
determinados grupos ou castas. Enquanto não atingirmos a evolução necessária
para isso, precisamos olhar para nossa casa atual: a Terra.
Nosso planeta é nosso atual e único refúgio, e como tal, não podemos nos dar
ao luxo de perdê-lo. Cuidar de nossa nave-mãe é ação prioritária sem qualquer
direito a protestos ou margem de dúvidas. Mas, muitos de nós se esquecem, ou
sequer dão conta disso. O que provoca uma situação danosa a todos,
indistintamente.
Nosso meio ambiente planetário é o que nos sustenta e a base de vida de
nossas sociedades. Não somos seres a parte na criação, muito menos superiores a
qualquer outro ser vivente nesse planeta. Somos integrantes do todo e, por
isso, precisamos nos religar a natureza. Importante é nos lembramos que ao
afetar, danificar e dizimar os recursos naturais e seres vivos, estamos
inevitavelmente caminhando para nossa própria destruição.
Assim, ao nos destruirmos (destruindo o meio ambiente planetário) não
teremos a oportunidade de evoluirmos para contemplarmos e viajarmos em nossa
verdadeira casa: o cosmos.
Lázaro Costa
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