Realmente prefiro as pessoas imperfeitas como eu, pois estas caminham ao meu lado. Não que não admire àquelas que realmente vão à frente, mas estas, se vão realmente e não só porque dizem ou acham que vão, é porque já conquistaram grandes virtudes e dentre elas a grandeza de ser humilde de alma , e não vivem querendo consertar ninguém. Sabe e respeita que cada um tem seu tempo para adquirir maturidade. Não quero dizer com isto que concorde e aprove erros de uns que agridem e desrespeitam e machucam , seja física, mental ou emocionalmente os outros, porque estas pessoas , além de serem pessoas que não aprenderam o amor, numa das suas expressões maiores que é o respeito, na verdade, estão é pedindo limites e este limite precisa ser dado.
O que não concordo é que quando uma pessoa faz uma coisa "errada" sobretudo divulgada pela mídia, outras se colocam na posição de julgadores porque não "cometem"aquele tipo de erro, mas cometem outros , às vezes piores e há uma explosão de ódio contra aquela pessoa e ao mesmo tempo estas que se arvoram em julgadores, não perceberem que este mesmo ódio está dentro delas também. O ódio cega de tal maneira que a pessoa não se enxerga e nem ouve o que está dizendo e nem da forma que está dizendo - com o mesmo ódio que levou o outro a cometer aquilo que está se julgando- Ódio é ódio e todo mundo tem. Somos sombra e luz, mas cada um vai expressar de uma maneira . O que precisamos é ter consciência disto e mante-lo sob controle.
Esta explosão para fora do ódio contido do julgador, em nome da justiça, é apenas uma válvula de escape; Uma desculpa, um mecanismo de fuga, daqueles de nós que prefere não olhar para si mesmo e resolver seus problemas pessoais e projeta essa raiva no campo das disputas, da supremacia do ego e se sente no direito de julgar o outro, sem levar nada em conta, inclusive o desconhecimento da vida, da história de vida daqueles a quem julgamos.
Diz Joanna de ângelis, que se formos investigar as origens sociais dos criminosos empedernidos , salvadas as exceções de natureza patológica e obsessivas -hereditariedade e comprometimento pelas obsessões - detectaremos lares infelizes, famílias desajustadas ou grupos perversos reunidos em simulacros familiares, vitimados pelo abuso e descaso de pessoas inconscientes ou pelos sistemas ainda mais insensíveis que culminam pela hediondez das leis que se apoiam.
É preciso que paremos para pensar e buscar uma forma de administrar os nossos conflitos internos mediante terapias especializadas e auxílio de grupos de sustentação e não confundir nossa religiosidade, ou melhor não mascarar as nossas imperfeições e a nossas necessidades com falsa santidade e deixar de nos outorgar o direito de explodir em ódio contra qualquer ofensor em nome de Deus ou dissimular este ódio em faslsa compreensão ditada pela pretensa superioridade e depois vestir branco, com a alma negra de medo é ódio e ir para marcha da paz distribuir rosas!
Quem aponta um dedo para o outro, aponta três contra si mesmo.
Suzana Campista
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