terça-feira, 1 de outubro de 2013

SER FELIZ


“... Assim, pois, aqueles que pregam ser a Terra a única morada do homem, e que só nela, 
numa só existência, lhe é permitido atingir o mais alto grau das felicidades que a sua natureza 
comporta, iludem-se e enganam aqueles que os escutam...”

As estradas que nos levam à felicidade fazem parte de um método gradual de 
crescimento íntimo cuja prática só pode ser exercitada pausadamente, pois a 
verdadeira fórmula da felicidade é a realização de um constante trabalho interior.
Ser feliz não é uma questão de circunstância, de estarmos sozinhos ou 
acompanhados pelos outros, porém de uma atitude comportamental em face das 
tarefas que viemos desempenhar na Terra.
Nosso principal objetivo é progredir espiritualmente e, ao mesmo tempo, 
tomar consciência de que os momentos felizes ou infelizes de nossa vida são o 
resultado direto de atitudes distorcidas ou não, vivenciadas ao longo do nosso 
caminho.
No entanto, por acreditarmos que cabe unicamente a nós a responsabilidade 
pela felicidade dos outros, acabamos nos esquecendo de nós mesmos. Como 
conseqüência, não administramos, não dirigimos e não conduzimos nossos 
próprios passos. Tomamos como jugo deveres que não são nossos e assumimos 
compromissos que pertencem ao livre-arbítrio dos outros. O nosso erro começa 
quando zelamos pelas outras pessoas e as protegemos, deixando de segurar as 
rédeas de nossas decisões e de nossos caminhos.
Construímos castelos no ar, sonhamos e sonhamos irrealidades, convertemos em mito a verdade e, por entre ilusões românticas, investimos toda a 
nossa felicidade em relacionamentos cheios de expectativas coloridas, condenandonos sempre a decepções crônicas.
Ninguém pode nos fazer felizes ou infelizes, somente nós mesmos é que 
regemos o nosso destino. Assim sendo, sucessos ou fracassos são subprodutos de 
nossas atitudes construtivas ou destrutivas.
A destinação do ser humano é ser feliz, pois todos fomos criados para 
desfrutar a felicidade como efetivo patrimônio e direito natural.
O ser psicológico está fadado a uma realização de plena alegria, mas por 
enquanto a completa satisfação é de poucos, ou seja, somente daqueles que já 
descobriram que não é necessário compreender como os outros percebem a vida, 
mas sim como nós a percebemos, conscientizando-nos de que cada criatura tem 
uma maneira única de ser feliz. Para sentir as primeiras ondas do gosto de viver, 
basta aceitar que cada ser humano tem um ponto de vista que é válido, conforme 
sua idade espiritual.
Para ser feliz, basta entender que a felicidade dos outros é também a nossa 
felicidade, porque todos somos filhos de Deus, estamos todos sob a Proteção 
Divina e formamos um único rebanho, do qual, conforme as afirmações 
evangélicas, nenhuma ovelha se perderá.
É sempre fácil demais culparmos um cônjuge, um amigo ou uma situação 
pela insatisfação de nossa alma, porque pensamos que, se os outros se 
comportassem de acordo com nossos planos e objetivos, tudo seria 
invariavelmente perfeito. Esquecemos, porém, que o controle absoluto sobre as 
criaturas não nos é vantajoso e nem mesmo possível. A felicidade dispensa rótulos, 
e nosso mundo seria mais repleto de momentos agradáveis se olhássemos as 
pessoas sem limitações preconceituosas, se a nossa forma de pensar ocorresse de 
modo independente e se avaliássemos cada indivíduo como uma pessoa singular e 
distinta.
Nossa felicidade baseia-se numa adaptação satisfatória à nossa vida social, 
familiar, psíquica e espiritual, bem como numa capacidade de ajustamento às 
diversas situações vivenciais.

Renovando Atitudes /Francisco do Espírito Santo Netto /Hammed

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