domingo, 6 de outubro de 2013

TRANSFORMAR



A gente sabe de tanto ouvir que a medicina da Borboleta, seu ensinamento, trata de transformação. Mas nem todos tiveram a oportunidade de parar e compreender o que significa e como se dá a transformação. Usando a mesma Borboleta como exemplo, direi que a transformação não se trata de eliminar algo próprio em função de algo inexistente em nós. Se trata de dar um mergulho profundo em nossa composição interna, redistribuindo, reorganizando, requalificando e encontrando novas fórmulas de combinar nossos próprios ingredientes internos. A Lagarta, quando entra em seu casulo, não sabe que sairá de lá uma Borboleta. Ela simplesmente mergulha em si mesma, vê sua composição interna profunda e a refaz, utilizando o mesmo material que já a compunha antes, mas de outra maneira: ela muda suas cadeias de DNA. O DNA da Lagarta não é o mesmo da Borboleta, no entanto foi feito da mesma substância que já estava lá, dos mesmos componentes, que apenas trocaram de lugar. Isso me diz quanto nos desconhecemos antes de uma transformação e que cada vez que passamos por uma, nos conhecemos mais. Isso me diz que não há nada no ser humano que seja ruim e que necessite de eliminação, ao contrário, há apenas ingredientes que ainda não foram reconhecidos ou não foram colocados no lugar em que serão bem aproveitados. E me faz pensar: Quão infinitas são as possibilidades de potenciais adormecidos (asas que ainda não nasceram) que abrigamos? Quão infinitas são as possibilidades de combinações que podemos criar em nós e em que seres cada vez mais esplêndidos podemos nos transformar sem no entanto incorporar algo que não nos pertence nem eliminar parte alguma de nossa essência básica?
Bem, convido à medicina da Borboleta, que é também uma mensagem de Primavera: renascer de dentro de si mesmo, descobrir onde se escondem dentro de nós as asas que ainda não utilizamos, e permitir que sejam banhadas pelo Sol e espalhem sua cor, renovando no processo nossa consciência sobre quem somos e do que somos feitos e ampliando a aceitação dos elementos que vivem dentro de nós.

Abençoados Sejam!
Xamãs das Montanhas/Corvo Negro!


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