quinta-feira, 28 de novembro de 2013

CARTAS A DEUS/SER RELIGIOSO





" Não estabeleço regras, não criei nenhuma religião, não tenho a presunção  de salvar ninguém. Creio que uma disciplina religiosa estrita enfeia a vida de uma pessoa. É uma pena empobrecer-nos se podemos usufruir da abundância. Isso não é mais do que medo de viver tudo o que a vida nos oferece. Regras draconianas fazem apenas com que uma pessoa fique sedada.
Ser uma pessoa religiosa, não quer dizer viver presa a infinitas regras de obediência. A alma é sutil demais para ser moldada de fora para dentro.
Ser religioso é ser uma pessoa transparente. É amar a vida, ser íntegro e respeitá-la. É não enganar a si mesmo. Significa estar completo, sem passado nem futuro, vivendo plenamente o que se apresenta.
Religião é a vida em harmonia com as leis cósmicas e os ritmos naturais, sem renúncias, sem prisões. É autenticidade e transparência.
Tudo o mais são construções artificiais da mente, confabulações estéreis sobre o desconhecido, desculpas para fugir da própria religião.
A religiosidade transcende qualquer regra.Ela é um brilho nos olhos e um bater no coração. É um suspiro amante e um perdão imenso. É olhar o céu e ver um segredo que não se pode compartilhar."
Francisco Boström/Cartas a Deus


Nota: 
Realmente este conceito de religiosidade é libertador ,   saudável e não aprisiona a religiosidade a  templos ou regras  de comportamentos  pré- estabelecidos ,  que algumas pessoas acreditam precisar  para encontrarem ou exercerem  a sua religiosidade. 
Vemos tantas pessoas que buscam na religião um conforto, um algo a mais, uma resposta , um socorro, um caminho para exercitar o sagrado, o divino que  é uma necessidade da alma e, talvez algumas até  consigam esta identificação com alguma religião, mas parte das pessoa que estão neste caminho da busca, apenas vestem a máscara do religioso, justo através destas regras impostas , mas  continuam se sentindo  incompletas e vazias, longe de Deus. 
Precisamos, antes de mais nada , antes de  sermos religiosos para encontrar Deus, do autoconhecimento e do autoreconhecimento  como parte de Deus. Precisamos de valores , virtudes , ética, amor , respeito, antes por nós mesmos para que possamos reconhecê-los nos outros.
Não digo que as religiões não preguem o amor e outras muitas virtudes,  mas poucas são as que nos fazem alcançá-las  verdadeiramente.
Suzana Campista

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