quarta-feira, 27 de novembro de 2013

CURADOR FERIDO DE ALMAS




O indivíduo é da maior importância, porque é ele que transporta a vida, e seu desenvolvimento e realização são de suprema relevância. 
É vital para cada ser vivo tornar-se sua própria enteléquia e transformar-se naquilo que era desde o início”. 
A individuação é a experiência de uma lei natural, um processo interno de autorregulação pelo qual o homem se torna um ser humano completo, reconhecendo e vivenciando a totalidade de si mesmo. No processo, o ego é finalmente confrontado com algo maior que ele, uma força à qual ele se rende e se serve. O ser humano, portanto se reconhece material e espiritual, consciente e inconsciente. 

“A individuação não significa apenas que o homem se torna verdadeiramente humano e distinto do animal, mas também que se torna parcialmente divino. Na prática, isso significa que ele se torna adulto, responsável por sua existência, sabendo que não apenas o homem depende de Deus, mas Deus também depende do homem”.


Jung esforçou-se para mostrar que a ‘totalidade’ que falava significava ‘completude’, e não ‘perfeição’. Ele via a perfeição como um conceito masculino, e a completude como um conceito feminino. 

“Tornar-se íntegro ou completo é uma tarefa tão formidável que o indivíduo não ousa estabelecer objetivos mais distintos, como a perfeição. Assim como o médico não imagina nem espera fazer de seu paciente um atleta, também o médico da psique não se imagina capaz de produzir santos. Ele já se sente imensamente feliz quando consegue fazer de si mesmo, assim como dos demais, um indivíduo bastante equilibrado ou mais ou menos são, não importa quão distante ele esteja do estado de perfeição. Antes de lutar pela perfeição, devemos ser capazes de viver como pessoas comuns sem automutilação. Se, depois de sua humilde completude, alguém descobrir que ainda lhe restou energia suficiente, então pode iniciar uma carreira de santo”.

(Claire Dunne – Carl Jung – Curador Ferido de Almas pág. 84, 85).





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