sexta-feira, 17 de maio de 2013

O QUE HÁ NA BÍBLIA SOBRE HOMOSSEXUALIDADE ?


Por achar absurda a afirmação de que está contida na bíblia a condenação a homossexualidade e ver e ouvir as mais absurdas e esdrúxulas explicações à cerca do assunto e sem conseguir aceitar que Deus condene qualquer de suas criaturas por sua orientação sexual, dando voz ao preconceito e a discriminação sobretudo  a religiosos que  interpretam  a bíblia de acordo com suas conveniências e por entender que ao longo da história , sabe-se que por varias vezes a palavra de Deus foi manipulada para apoiar as mais diversas vontades humanas , dando cada qual à bíblia sua interpretação e por não acreditar , por fim, que haja  sequer uma autoridade infalível que tenha a palavra final sobre a verdade bíblica, transcrevo aqui um texto que encontrei, interessante na internet, fruto de minhas pesquisas, não tendo, eu o crédito de  sua construção.
Ainda que entendamos que o assunto gere curiosidade  e suscite  muitos questionamentos, não consigo entender e nem aceitar que se transforme em violência e principalmente incitadas por religiosos em nome de Deus e do Cristo a que dizem servir e que colocam os homossexuais ao lado de bandidos e assassinos. 
Suzana Campista

"“O que há na Bíblia sobre homossexualidade?
O estudo científico da sexualidade teve início a cerca de um século. Hoje sabemos que a homossexualidade é um dos aspectos básicos da personalidade, provavelmente fixado na primeira infância, tem base biológica e afeta uma parcela significativa da população em praticamente todas as culturas conhecidas. Não há evidências convincentes de que a orientação sexual possa ser mudada, e não há prova sequer de que a homossexualidade seja um fenômeno patológico em qualquer das suas formas. Desde a Segunda Guerra Mundial, uma comunidade gay vem se formando e ganhando voz em âmbito mundial. Dentro desta comunidade, e especialmente entre os gays e lésbicas que são religiosos, relacionamentos homossexuais amorosos e adultos têm se tornado uma preocupação importante.
Tudo isso é recente. Alguns destes fatos são absolutamente novos para a história da humanidade. Eles fazem parte de uma situação nunca imaginada pelos autores bíblicos, portanto não devemos esperar que a Bíblia expresse uma opinião sobre eles. O que pode ser esperado é o seguinte: quando a Bíblia menciona comportamentos sexuais entre pessoas do mesmo sexo, ela o faz tal como estes comportamentos eram compreendidos naquela época. Os ensinamentos da Bíblia só podem ser aplicados hoje na medida em que a antiga compreensão destes mesmos comportamentos for válida.
Mais especificamente, na época bíblica não havia uma compreensão muito elaborada da homossexualidade como orientação sexual. Havia apenas uma consciência genérica de atos ou contatos entre pessoas do mesmo sexo, o que poderia ser chamado de homogenitalidade ou atos homogenitais. A questão atualmente gira em torno das pessoas e seus relacionamentos, e não simplesmente de seus atos sexuais. O que se discute hoje é a homossexualidade, e não mais a mera homogenitalidade, e o afeto espontâneo por pessoas do mesmo sexo e a possibilidade ética de expressar este afeto em relacionamentos sexuais e amorosos. Como esta não era uma questão que os autores bíblicos tinham em mente, não podemos esperar que a Bíblia nos dê uma resposta.
Por que não? Se a Bíblia condena um determinado ato por qualquer que seja o motivo, este ano não deveria ser evitado sem mais discussões? Se a palavra de Deus diz que ele é errado, o assunto não se encerra aí?
Uma atitude é julgada errada por algum motivo. Se o motivo não mais existe e nenhum outro é fornecido, como esta atitude pode continuar sendo considerada errada? A simples afirmação de que “Deus disse que isto é errado” não é uma resposta boa o suficiente, pois o princípio é válido mesmo em se tratando de Deus: também Deus deve fornecer o motivo pelo qual algo é errado. Isto significa dizer que há bom-senso, que há sabedoria na moralidade exigida por Deus. Se não houver, então toda moralidade será arbitrária e Deus considerará as coisas como certas ou erradas segundo um capricho divino. Neste caso, toda a reflexão sobre a ética deixaria de existir, pois não haveria um princípio racional por trás da moralidade e as exigências Deus não seriam razoáveis. Tal conclusão, porém, é um absurdo. É completamente ridícula. Logo, é preciso que haja um motivo pelo qual algo seja considerado errado, e deve ser por este mesmo motivo que Deus o proíba.
Bem, mas Deus não poderia ter razões que escapem à nossa compreensão? Claro que sim. Mas se fosse este o caso, nunca poderíamos conhecer a vontade de Deus – a menos que Deus a revelasse. E onde Deus a revelaria? Uma resposta óbvia é: “Na Bíblia, claro!”
Esta resposta é perfeitamente válida. Mas ela nos traz de volta exatamente ao ponto de partida: como podemos determinar o que Deus quis dizer na Bíblia? As opções ainda são as mesmas: as abordagens literal e histórico-crítica.
Defendo a abordagem histórico-crítica da Bíblia. Espera-se que Deus afirme que algo é errado por um determinado motivo. O Criador teceu este motivo na estrutura do universo. A inteligência humana é capaz de discernir este motivo. Por conseguinte, quando não há nenhuma nova razão para que algo seja considerado errado e o motivo antigo não mais se aplica, não há base para se afirmar que aquilo seja errado. O motivo –o próprio motivo de Deus! – simplesmente não mais existe.
A palavra de Deus na Bíblia condena aquilo que hoje conhecemos por homossexualidade? Considere todas as passagens bíblicas que se referem a este tema. Compreenda-as em seu contexto histórico original. Avalie as provas com uma mentalidade aberta e honesta.”


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