sábado, 25 de maio de 2013

PREFIRO AS PESSOAS NÃO SANTAS COMO EU



Realmente prefiro as pessoas imperfeitas como eu, pois estas caminham ao  meu lado. Não que não admire àquelas que realmente vão à frente, mas estas,  se vão realmente e não só porque dizem ou acham que vão,  é porque já conquistaram  grandes virtudes e  dentre elas a grandeza de ser humilde de alma , e não vivem querendo consertar ninguém. Sabe e respeita que cada um tem seu tempo para adquirir  maturidade. Não quero dizer com isto que concorde  e aprove erros de uns que agridem e desrespeitam  e machucam  , seja física, mental ou emocionalmente  os outros, porque estas pessoas ,  além de serem pessoas que não aprenderam o amor, numa das suas expressões maiores  que é o respeito, na verdade, estão é pedindo limites e este limite precisa ser dado. 
O que não concordo é  que quando uma pessoa faz uma coisa "errada" sobretudo  divulgada pela mídia, outras se colocam na posição de julgadores porque não "cometem"aquele tipo de erro, mas cometem outros , às vezes piores e  há uma explosão de ódio contra aquela pessoa e ao mesmo tempo estas  que se arvoram em julgadores,  não perceberem que este mesmo  ódio está dentro delas também. O ódio cega de tal maneira que a pessoa não se enxerga  e nem ouve o que está dizendo e nem da forma que está dizendo - com o mesmo ódio que levou o outro a cometer aquilo que está  se julgando- Ódio é ódio e todo mundo tem. Somos sombra e luz, mas cada um vai expressar de uma maneira . O  que precisamos é ter consciência disto e mante-lo sob controle.
Esta explosão para fora do ódio contido do julgador, em nome da justiça,  é apenas uma válvula de escape; Uma desculpa, um mecanismo de fuga, daqueles de nós que prefere não olhar para si mesmo e resolver seus  problemas pessoais e  projeta   essa raiva no campo das disputas, da supremacia do ego  e se sente no direito de julgar o outro, sem levar nada em conta, inclusive o desconhecimento da vida, da história de vida daqueles a quem julgamos.  
Diz Joanna de ângelis,  que se formos investigar as origens sociais dos criminosos empedernidos ,  salvadas as exceções de natureza patológica e obsessivas -hereditariedade e comprometimento pelas obsessões - detectaremos lares infelizes, famílias desajustadas ou grupos  perversos reunidos em simulacros familiares, vitimados pelo abuso e descaso de pessoas inconscientes ou pelos sistemas ainda mais insensíveis que culminam pela hediondez das leis que se apoiam.
É preciso que paremos para pensar e buscar uma forma de administrar os nossos conflitos internos  mediante terapias especializadas e auxílio de grupos de sustentação e não confundir nossa religiosidade, ou melhor não mascarar as nossas imperfeições e a nossas necessidades com falsa santidade e deixar de nos outorgar o direito de explodir em ódio contra qualquer ofensor em nome de Deus ou dissimular este ódio  em faslsa  compreensão ditada pela  pretensa superioridade e depois  vestir branco, com a alma negra de medo é ódio e ir para marcha da paz distribuir rosas!

                      Quem aponta um dedo para o outro, aponta três contra si mesmo.

Suzana Campista

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